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Prefeito Arthur Neto sai em defesa do enteado acusado de homicídio; “Era a mim que queriam atingir”

Enquanto o prefeito afirma em sua declaração que houve uma invasão na casa do enteado, o condomínio envia uma nota descartando a possibilidade.

Na manhã desta terca-feira (1), o prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto, usou sua página no Facebook para reforçar a versão dos fatos declarados pelo seu enteado Alejandro Valeiko, envolvido no homicídio do engenheiro Fabiano Rodrigues de 42 anos. Em sua declaração, ele deixa claro que o filho da primeira-dama Elizabeth Valeiko é vítima das drogas, e repudia qualquer notícia falsa de que o mesmo seria o assassino de Flávio. “Alejandro é doente. Padece de um vício que não o abandona. Mas jamais foi ou será um assassino. Bem ao contrário, é vítima de gente que mata e sequestra sem remorso, movida por dinheiro imundo.”

Confira a declaração do prefeito na integra:

05:200 hs. Penso muito na generosidade da nossa gente e pouco nas pessoas de maus  instintos. Valorizo a primeira, sempre.

Meu enteado Alejandro, filho de minha esposa Elisabeth, é mais um dos milhões de usuários de drogas que as facções criminosas arrebanham em nossa cidade e em nosso país. Sofrido, luta contra o vício há mais de 10 anos.

O tráfico toma conta de tudo e de muitos. Nada se faz de efetivo contra ele, que corrompe consciências e se implanta com força em Manaus. Criou uma “justiça” própria, estabelecendo a pena de morte num país que não a adota.

A casa de Alejandro foi invadida na noite do último domingo. Dois homens encapuzados, “cobrando” dinheiro a um dos presentes. Um dos meninos se trancou no banheiro e  Alejandro recebeu golpe de coronha que lhe abriu a cabeça. Levaram o que queriam: o rapaz Flavio, a quem “cobravam” pagamento pelo trabalho maldito que leva pessoas à perdição. Principalmente os jovens, muitos deles viciados desde 10 ou 12 anos de idade.

Sequestraram e assassinaram Flavio, assim como sequestram e matam, todos os dias, aqueles que se tornam dependentes e não conseguem mais pagar aos seus algozes.

Minha esposa entrou em desespero, quando soube que gente sem caráter tentava fazer crer que seu filho teria matado Flavio. Maldade indescritível. Alejandro saiu ferido pela truculência dos invasores e, quando o vimos, seu estado era lamentável: ferido, abatido, com medo de ser morto por tipos parecidos com os que levaram seu amigo, outra vítima das drogas, que se espalham como praga, muitas vezes perto da gente.

Elisabeth tomou conhecimento dessa infâmia, quando Alejandro já se encaminhava para internamento numa clínica para dependentes. Revoltado com a mãe que, mais uma vez, o socorria e, outra vez mais, chorava pelo medo de perder pessoa tão amada.

Chegaram a fazer transmissões ao vivo, inventando que Alejandro estaria, naquele momento, no Distrito Policial, onde, bem cedo, ele já prestara depoimento. Amargurou minha alma, porque se Elisabeth não fosse minha esposa, não teria havido tanta mentira e tanta tentativa de escândalo. Era a mim que queriam atingir. Talvez por ter organizado as finanças e a previdência de Manaus. Por não se conformarem com tantas obras transformadoras que varrem a cidade inteira. Por não aceitarem o respeito que o Brasil me dedica e que é o meu orgulho.

Fiquei pensando se não estaria prejudicando a arquiteta de renome, de vida cômoda e tranquila, até me conhecer e termos decidido a partilhar a vida.

Falo para mães e pais que, diariamente, perdem seus filhos primeiro para o tráfico e depois para a morte. Mães e pais, indefesos, que não têm voz e nem vez. Mães e pais, cujos filhos viciados, desesperados, mortos, não interessam a quem vive de fabricar manchetes. Mães e pais de cujos filhos Elisabeth procura cuidar como se fossem seus. Mães e pais que convivem com o medo e a incerteza o tempo todo.

Isso mesmo que Alejandro sempre provocou em Elisabeth: sumiços, distância, vida sem sentido, desperdiçando o futuro. É triste para mim vê-la na sala ou no quarto, calada, triste, chorando, por não poder acarinhar  seu menino querido.

Botemos um ponto final: Alejandro estava recebendo amigos. Teria cabimento que sumisse por segundos e voltasse de capuz, armado (ele nunca usou nem canivete) e sequestrasse Flavio? Sim, porque o assassino desse pobre rapaz o sequestrou e, para fazer isso, teve de abrir a cabeça de Alejandro com uma coronhada. E porque Alejandro ficou parte da madrugada cercado por nós, que depois o transferimos para outro lugar, com receio de que a solidão atraísse os bandidos de novo.

Sejamos claros: Alejandro é doente. Padece de um vício que não o abandona. Mas jamais foi ou será um assassino. Bem ao contrário, é vítima de gente que mata e sequestra sem remorso, movida por dinheiro imundo.

Manaus está cheia de Alejandros. E de monstros que os exploram impunemente. Sociedade injusta. Pela miséria, fornece soldados para os chefões do tráfico.

Vejo minha esposa, finalmente, conseguir dormir. Isso me acalma o coração. Sei, porém, que o despertar será outro dia de dor pelo filho isolado numa clínica.
Que os assassinos de Flavio sejam logo presos e levados a julgamento.
Manaus merece paz e verdade. Jamais mentiras e terror.

Arthur Virgílio Neto.

Enquanto isso, por outro lado, uma nota enviada pelo condomínio no grupo de Whatsapp dos condôminos, descarta a versão apontada de que houve uma invasão no Passaredo, confira.

Condomínio Residencial Passaredo

Comunicado aos condôminos n° 031/2019-Setembro

Atenção: o fato lamentável NÃO foi invasão ou roubo.

A gestão condominial 2019, informa que diante do fato ocorrido de forma isolada numa residência do condomínio, vem informar aos seus condôminos, que laboramos dentro de parâmetros voltados para a segurança de todos com o cuidado e dedicação diuturna, tanto que a elucidação dos fatos ocorreram em lapso temporal pequeno, visto que a polícia teve o apoio da administração do condomínio e seus colaboradores em suas ações para elucidar o fato ocorrido.

Diante da clareza solar que o fato foi apenas em uma unidade residencial, fato isolado e lamemtável, reiteramos as pessoas que publicam mensagens nas redes sociais no âmbito do condomínio cautela, uma vez que poderão responder aos olhos da Lei por aquilo que escrevem e afirmam ou acusam. Preocupado com a dimensão que o fato atingiu, já que a irresponsabilidade individual, assim como da imprensa que fora extremamente precipitada em anunciar que o condomínio foi invadido ou outra cognominação sensacionalista, reiteramos desde o dia fatídico “QUE O CONDOMÍNIO NÃO FOI INVADIDO E NÃO OCORREU ROUBO ALGUM”. através de inúmeras mensagens de áudio postas pela síndico e sua administração condominial.

Assim resta provado que morar aqui “Condomínio Residencial Passaredo” é sinônimo de segurança, assim agradeço aos abnegados Agentes de Portaria e a empresa de vigilância privada RONIN pela rápida intervenção no fato salvaguardando a vida através do agente de vigilância que realizou manobras para manutenção da vida humana da pessoa ferida, entretanto, infelizmente a outra pessoa não teve a mesma sorte; fato este que apenas resta a polícia investigar e elucidar conclusões dentro do instrumento persecutório Inquérito Policial.

Manaus, 01 de outubro de 2019.

Atenciosamente,

Wladmir Botelho
Síndico

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