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Caso Kimberly: Justiça inicia julgamento do ex-companheiro da miss

Além de testemunhas, juiz responsável pelo caso pretende interrogar o ex-companheiro da vítima e suspeito do crime, Rafael Fernandes Rodrigues.

Além de testemunhas, juiz responsável pelo caso pretende interrogar o ex-companheiro da vítima e suspeito do crime, Rafael Fernandes Rodrigues.

A audiência de instrução do julgamento da morte da Miss Manicoré, Kimberly Karen Mota de Oliveira, de 22 anos, começa nesta quarta-feira (9) na 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. A ação tem como réu o ex-companheiro da vítima e suspeito do crime, Rafael Fernandez Rodrigues, que confessou o assassinato da mulher.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a audiência de instrução será presidida pelo juiz de Direito da 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Anésio Rocha Pinheiro, sumariante do caso – magistrado responsável pela primeira fase de processo de crimes contra a vida.

A previsão, segundo a Justiça, é de que sejam ouvidas oito testemunhas arroladas e que ocorra também o interrogatório do réu.

O Ministério Público apresentou denúncia contra Rafael no dia 15 de junho de 2020, incurso nas penas do art. 121, 2º, I (motivo torpe); IV (recurso que tornou impossível a defesa da vítima); e VI (contra a mulher – Lei n.º 13.104/2015), todos do Código Penal.

Conforme o inquérito inserido nos autos, o crime teria ocorrido em virtude de o acusado não aceitar o fim do relacionamento com a vítima. Ele afirmou que cometeu o crime por ciúmes.

As audiências sobre a morte da miss acontecem após laudo médico descartar que o suspeito do crime, tenha transtornos mentais. A ação penal estava suspensa até o processo de Incidente de Insanidade Mental de Rafael Rodrigues ser encerrado.

O assassinato

O corpo da Miss Manicoré foi encontrado na madrugada do dia 12 de maio dentro do apartamento de Rafael Rodrigues, de 31 anos. A última vez que a família teve contato com miss foi no dia 10, quando ela disse que estava com o namorado.

Na noite do dia 11, familiares foram até o apartamento do suspeito mas não foram atendidos. Durante a madrugada de terça a família recebeu a ligação da polícia informando que ela havia sido encontrada morta no local. Na varanda do apartamento do suspeito, a polícia encontrou a faca usada no crime.

Rafael e Kimberly se conheceram em uma boate de Manaus, mas, segundo a investigação, ele já acompanhava a miss pelas redes sociais antes de se relacionarem.

Kimberly era a atual Miss Manicoré e cursava odontologia da Faculdade Metropolitana de Manaus (Fametro).

Rafael, de acordo com a polícia de Manaus, é natural de São Bernardo do Campo (SP) e se mudou para Manaus em 2017, quando ingressou no Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região – Amazonas e Roraima (TRT11).

A fuga

O ex-companheiro da miss foi preso na tarde do dia 15 de maio, três dias após o corpo ser encontrado. Após o crime, Rafael fugiu de Manaus em direção a Roraima. A suspeita era de que ele planejava fugir para a Espanha, passando pela Venezuela.

A entrada do suspeito no estado foi registrada na barreira sanitária na vila do Jundiá, em Rorainópolis, na divisa com o Amazonas. De acordo com a polícia, Rafael fugiu de carro e capotou o veículo na BR-174, em Caracaraí. No local, ele pegou carona e depois um táxi até Caracaraí, onde fez um saque. Depois seguiu para Boa Vista, onde retirou mais dinheiro e seguiu para Pacaraima, município ao Norte de Roraima e que faz fronteira com a Venezuela.

Após a prisão, o delegado geral de Roraima, Herbert Amorim, informou que Rafael tentou entrar na Venezuela, mas foi impedido pela Força Nacional do país vizinho antes de ser preso.

Após a tentativa de fuga frustrada, Rafael retornou para Pacaraima, município ao Norte e que faz fronteira com a Venezuela. Ele se escondeu em uma cabana improvisada em região de mata e pagou para que venezuelanos fizessem a sua guarda pessoal.

Fonte: G 1 Am

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