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Investimento estrangeiro no Brasil caiu 12% em 2018

País passou da 4ª para a 9ª colocação entre os maiores destinos de recursos produtivos; fluxo global caiu ao nível mais baixo desde a crise financeira de 2008.

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil caiu 12% em 2018, mostraram dados do Monitor de Tendências de Investimentos Globais, divulgados pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

O IED mede o capital investido por estrangeiros em um país. Ele é considerado por economistas como o “bom investimento”, já que os recursos vão para o capital produtivo (construção de fábricas, infraestrutura, empréstimos e fusões e aquisições).

O fluxo de recursos no Brasil passou de US$ 68 bilhões, em 2017, para US$ 59 bilhões no ano passado. Este montante ficou bem abaixo das expectativas de economistas do mercado, que previam que o país iria atrair US$ 75 bilhões no período.

Com a queda, o Brasil passou da quarta para a nona colocação entre os principais destinos de IED no mundo – atrás da Austrália, Holanda e Espanha, segundo o ranking preliminar da Unctad (veja o ranking completo).

Principais destinos do IED

Atração de investimento estrangeiro direto em 2018, em US$ bilhões

Fluxo global tem forte retração

No mundo, o fluxo de investimentos caiu ao nível mais baixo desde a crise financeira global de 2008. O IED global sofreu uma contração de 19%, passando de US$ 1,47 trilhão em 2017 para US$ 1,2 trilhão no ano passado.

A queda ficou concentrada em países desenvolvidos, onde o volume investido recuou até 40%, para uma estimativa de US$ 451 bilhões. O IED já vinha caindo no mundo desde 2013. Segundo a UNCTAD, a reforma fiscal corporativa dos Estados Unidos em 2018 originou a retração em 2018.

“A partir de 2017, empresas multinacionais norte-americanas embarcaram em uma grande repatriação de ganhos estrangeiros acumulados, uma ação que afetou fortemente a Europa”, diz o relatório.

No continente europeu, o fluxo de IED retrocedeu 73%, para US$ 100 bilhões, uma queda não vista desde a década de 1990, de acordo com o estudo. Já nos EUA, o volume foi 18% menor, para US$ 226 bilhões.

Nas economias em desenvolvimento, o IED cresceu 3% em 2018, para US$ 694 bilhões. Metade dos 10 países que mais atraíram recursos estrangeiros foram economias emergentes, incluindo o Brasil.

A Ásia e a África foram as regiões que mais se beneficiaram com o aumento dos fluxos, segundo a Unctad, com elevação de 5% e 6%, respectivamente.

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