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Aromaterapia: conheça os benefícios para a saúde e a relação com as emoções

Os aromas despertam reações diferentes no cérebro, estimulando respostas curativas.

A aromaterapia está entre as terapias complementares que podem ser usadas para curar ou amenizar problemas físicos e mentais. O método se define como um conjunto de práticas terapêuticas que usa óleos essenciais como base. Esses óleos são sempre extraídos de plantas aromáticas.

“É a principal energia, que extrai o formato mais concentrado e vital que se consegue da natureza, sempre das plantas que produzem perfume”, explica Márcia Rissato, terapeuta floral e aromaterapeuta. Como exemplo, ela cita lavanda, erva doce, casca e flores de laranja.

Assim como a cromoterapia, a utilização de aromas atua tanto no tratamento físico quanto emocional por entender que muitas doenças surgem pelo processamento das emoções. A cura física pode ser ainda melhor tratada quando o óleo essencial é aplicado na pele.

“[A aromaterapia] Trabalha o físico e emocional porque engloba não só a inalação do óleo essencial. Nesses casos, conseguimos atingir mais os equilíbrios emocionais, mas pode ser aplicada também na pele e, por outro tipo de mecanismo, o óleo pode oferecer uma cura física”, diz Márcia. Neste último caso, o produto não é aplicado puro, por ser muito forte, mas junto a óleos vegetais para diluição.

Pesquisadores de uma universidade na Coreia do Sul investigaram os efeitos da aromaterapia na ansiedade, sono e pressão arterial em pacientes que tiveram intervenção coronária percutânea. Como resultado, eles perceberam que o método, efetivamente, reduziu os níveis de ansiedade e aumentou a qualidade do sono das pessoas.

No caso do estudo, os investigadores afirmam que a “aromaterapia pode ser usada como uma intervenção de enfermagem independente” para essas duas finalidades.

A aromaterapeuta Márcia Rissato com seus óleos essenciais, esclarece dúvidas.

Aromaterapia: como funciona?

Quando sentimos algum cheiro, nosso sistema límbico é acionado. Localizado no meio do cérebro, esse sistema está diretamente ligado ao olfato, fazendo o reconhecimento do odor, explica Márcia.

Em resposta ao estímulo olfativo, o cérebro emite alertas para o corpo reagir. Por exemplo: as moléculas de lavanda desencadeiam reações de relaxamento. Segundo a aromaterapeuta, dependendo da concentração do óleo, a pessoa pode ser induzida ao sono. De acordo com o que é preciso curar, pode-se utilizar mais de um óleo.

Aromas sintéticos, como de incenso, podem fazer algum efeito, mas não são tão fortes quanto dos óleos essenciais. Para se ter uma ideia do poder deles – e do preço -, são necessários 300 quilos de lavanda ou duas toneladas de pétalas de rosa para se fazer um litro do produto.

Como fazer aromaterapia

Márcia explica que, para inalação, pode-se usar um difusor. “Coloca água purificada em um recipiente, pinga gotas do óleo e fica perto por, pelo menos, 20 minutos”, ensina. Essa, segundo ela, é a forma mais correta de inalar o aroma. Aromatizadores ou deixar o vidro de óleo aberto para cheirar no ambiente também resolve.

Outro método é a sauna. “Você pinga gotas do óleo em uma vasilha com água quente, põe uma toalha sobre a cabeça, cobrindo a vasilha, e inala o vapor. Tudo isso ativa o sistema límbico”, explica a especialista.

Para desordens emocionais e psicológicas, a inalação tem efeito mais rápido. Caso a pessoa esteja muito estressada e com dores no corpo, com a musculatura rígida, a inalação relaxa, mas o corpo continuará inflamado. Nesse caso, associa o método com a massagem, aplicando o óleo diluído na pele.

Curiosidade: são necessários 300 quilos de lavanda ou duas toneladas de pétalas de rosa para se fazer um litro de óleo essencial.

Precauções com a aromaterapia

Para pessoas com predisposição alérgica, principalmente a cheiros fortes, é necessário fazer testes antes para saber se a aromaterapia é indicada. “Não é porque o óleo essencial é 100% natural que não pode desenvolver alergia”, diz a terapeuta Márcia. Segundo ela, algumas moléculas têm alto potencial alergênico.

A especialista diz que, assim como a maioria das terapias, a aromaterapia pode provocar uma piora dos sintomas no início para depois entrar no processo de tratamento e melhor, “mas é muito raro”.

Significado dos aromas

Cada óleo essencial tem uma propriedade diferente para atuar em determinadas necessidades. Confira a seguir a indicação de cada aroma segundo a terapeuta Márcia Rissato:

Lavanda: Um dos óleos essenciais mais populares do mundo, o de lavanda, também é o mais utilizado na aromaterapia. Isso ocorre porque esse aroma possui um efeito relaxante e antiestresse bastante significativo quando utilizado em difusão aérea. O efeito relaxante envolve, inclusive, uma baixa na pressão arterial e normalização dos batimentos cardíacos. Em aplicações no corpo, a lavanda também está associada ao relaxamento e é o principal óleo essencial para uma massagem relaxante a fim de aliviar dores musculares, devido ao potencial anti-inflamatório e analgésico.

Gerânio: Esse é o óleo essencial da mulher. Os componentes aromáticos do óleo essencial de gerânio agem positivamente sobre a dinâmica hormonal, garantindo o equilíbrio de progesterona e estrogênio. Esse equilíbrio ajuda a atenuar os quadros de tristeza e as instabilidades de humor que se instalam durante a tensão pré-menstrual e também na menopausa ou outras situações em que ocorrem oscilações dos hormônios femininos. Além de amenizar os sintomas emocionais causados pelo desequilíbrio na produção de hormônios, o uso do gerânio ameniza a fadiga, retenção de líquido e distúrbios do sono.

Lemongrass: O óleo de lemongrass age diretamente no estímulo da nossa criatividade, pois tem a capacidade de organizar os pensamentos. Ele estimula o cérebro a ter pensamentos lógicos, estimula a consciência psíquica e ajuda no discernimento – traz luz para a mente consciente. Esse óleo tem um alto poder de purificar as energias do ambiente e isso é fundamental para se ter coerência para agir com cautela e para não absorver energias negativas que não nos pertence e que tanto nos deixa infelizes.

Laranja doce: Extraído da casca do fruto da laranja Citrus aurantium dulcis, este óleo essencial abundante no Brasil possui um aroma cítrico adocicado bastante agradável da própria fruta. É conhecido por muitos aromaterapeutas como happy oil, ou seja, óleo da felicidade, em tradução livre. Além disso, os aromas cítricos, de uma forma geral, trazem essa capacidade de proporcionar alegria, criam uma atmosfera leve e delicada. Muito utilizado na aromaterapia como auxiliar nos tratamentos de depressão e ansiedade.

Alecrim: O principal benefício do alecrim na aromaterapia é o seu efeito estimulante, principalmente sobre a memória, combatendo o cansaço mental e instigando a atividade cerebral. É excelente para deixar no carro quando for dirigir por longas distâncias e também para deixar em ambiente de estudo e trabalho. É um óleo que ajuda a superar períodos de extrema pressão e transições importantes, pois, além de estimular a atividade cerebral, nos ensina a lidar com o medo e a insegurança.

 

Fonte: Estadão

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