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Vitamina D e Covid-19: por que ainda há dúvidas sobre o assunto

Ainda não há estudos conclusivos sobre a eficácia da vitamina na prevenção ou no tratamento da infecção provocada pelo coronavírus.

Desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, a vitamina D vem sendo citada como uma das armas para combater o vírus Sars-CoV-2 por conta dos benefícios que traz ao sistema imunológico. Apesar de vários estudos terem sido feitos tentando associar a vitamina D à Covid-19, ainda não há evidências sobre a atuação da substância na evolução da infecção causada pelo coronavírus.

Em fevereiro deste ano, uma pesquisa realizada pela Universidade de Barcelona, na Espanha, que relacionava o uso de vitamina D com a queda de até 80% nos casos graves de Covid-19 foi despublicada pela revista científica The Lancet. Uma das mais respeitadas do mundo, a publicação retirou a pesquisa do ar depois de “preocupações com a descrição” do levantamento.

A pesquisa distribuiu suplementos de vitamina D para todos os pacientes internados com Covid-19, e não de forma aleatória, com controle de placebos, como manda o padrão-ouro deste tipo de pesquisa. O estudo tinha sido publicado em formato pré-print no site da The Lancet, mas, ao ser revisado pela comunidade científica, foram apontadas várias inconsistências no método e nos resultados.

De acordo com Aurora Baluja, uma das especialistas responsáveis por revisar o estudo espanhol, a deficiência de vitamina D normalmente é causada por algum problema de saúde mais sério, como desnutrição ou insuficiência renal. Ou seja, os quadros mais complicados da infecção provocada pelo coronavírus não seriam causados pela deficiência da vitamina mas pelo próprio histórico de saúde do paciente.

Devo tomar?
A infectologista Ana Helena Germoglio destaca a importância do nutriente para a saúde, mas refuta o uso específico como forma de combater a Covid-19. “Se você tem deficiência de vitamina D, a suplementação é indicada. No entanto, não há relação nenhuma com a prevenção ou tratamento da Covid-19”, detalha.

Os sintomas e sinais de deficiência de vitamina D no organismo são diminuição da quantidade de cálcio e fósforo no sangue, dor e fraqueza muscular, enfraquecimento dos ossos, osteoporose em idosos, raquitismo nas crianças e osteomalácia – doença caracterizada por ossos frágeis e quebradiços – em adultos.

A médica destaca a necessidade de acompanhamento clínico com consulta e exames antes de decidir pela suplementação. “Com exames simples é possível aferir se as taxas estão adequadas. As pessoas precisam estar cientes que o consumo exagerado, assim como a deficiência, traz prejuízos à saúde”, detalha.

Fonte: Metrópoles

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