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Veja sete atitudes para manter o equilíbrio emocional na pandemia

Praticar esportes, cuidar da alimentação e buscar atividades que despertem o bem- estar são meios de não perder o controle frente à situação.

A pandemia de Covid-19 fez com que muitas pessoas tivessem que readaptar a rotina. Além de distanciamento social, uso de máscaras e higienização constante das mãos, o cuidado com a saúde mental passou a ser uma das recomendações para enfrentar a crise sanitária.

O primeiro passo para encontrar equilíbrio é não fugir da realidade, de acordo com Karla Peres, psicóloga e hipnoterapeuta. “Não adianta a gente ignorar: o vírus existe e precisamos lidar com ele”, reforça. Para enfrentar um período em que ansiedade, medo e luto são emoções cotidianas, é importante adotar algumas estratégias. Veja sete comportamentos que podem ajudá-lo:

1. Pratique a empatia
Exercitar a capacidade de se colocar no lugar do outro é uma forma de tornar os dias de isolamento social menos pesados. Para isso, não é preciso sair de casa: uma ligação para parentes ou amigos que estão mais distantes, por exemplo, pode fazer milagres pela manutenção do equilíbrio mental. “É como se você estivesse dando um presente para essa pessoa, dizendo ‘eu me lembro de você e penso em você’”, justifica Karla.

O ato também estimula o corpo a produzir neurotransmissores relacionados à felicidade, como a ocitocina. “Essa e outras substâncias podem aumentar de tal forma que, mesmo que você esteja passando por um momento de dor, o sentimento ruim pode ser neutralizado”, indica a psicóloga.

2. Tire as ideias da cabeça
Por mais difícil que seja, tente vencer a fadiga da pandemia para realizar atividades que lhe tragam satisfação. Neste momento, é importante ter em mente que a ação escolhida não precisa estar relacionada à sua profissão, ser rentável ou ter a aprovação de amigos e parentes. O importante é gerar bem- estar.

“As pessoas têm muitas ideias mas, antes de colocá-las em prática, pensam: ‘o que vão pensar de mim?’. São pensamentos bloqueadores que travam a criatividade”, detalha Karla Peres.

Para escolher algo novo para fazer, a dica é refletir sobre seus gostos e habilidades pessoais. Atividades que são elogiadas por outras pessoas, como cozinhar ou desenhar, podem servir de norte, mas não é preciso se prender à zona de conforto. “Não é preciso ter nenhuma ideia mirabolante, basta olhar para si mesmo e ver o que se está com vontade de fazer.”

3. Seja caridoso
Ajudar ao próximo também é uma forma de se ajudar, de acordo com Peres. Isso porque ao prestar atenção às necessidades de outras pessoas, você tira o foco de si mesmo e se torna capaz de olhar as coisas sob outras perspectivas. “Este processo também estimula hormônios relacionados à felicidade e a sensação de dever cumprido, de ser útil para alguém”, completa a especialista.

4. Pratique atividade física
Os benefícios do exercício físico são inúmeros e amplamente documentados pela ciência. Manter o corpo em movimento ajuda a controlar o peso, melhorar o humor, aumentar a produção de energia e acalmar os pensamentos, por exemplo. O isolamento social não deve servir como desculpa para o sedentarismo. “Hoje em dia, existem muitos vídeos com aulas gratuitas”, sugere Karla.

5. Procure um nutricionista
O medo e a incerteza com relação ao fim da pandemia têm feito com que muitas pessoas descontem a ansiedade na comida. Um recente estudo realizado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que, durante a pandemia, 19,7% dos 14,2 mil participantes da pesquisa engordaram pelo menos 2 kg. Nos Estados Unidos, outro trabalho apontou que os norte-americanos engordaram 1 kg a cada mês de lockdown.

Buscar se alimentar de forma saudável é uma orientação para qualquer período, mas durante a pandemia é uma medida indispensável para manter o equilíbrio mental. “A ansiedade leva a comportamentos de compensação, mas devemos escapar dessa armadilha”, explica Karla.

6. Busque ajuda profissional
Além da ansiedade com relação aos rumos da pandemia de Covid-19, o luto é outro fator que passou a fazer parte da vida de muitos brasileiros. Lidar com tantos sentimentos desafiadores pode ser mais fácil com a ajuda de psicólogos ou psiquiatras.

“Muitas vezes as pessoas se veem presas a um ciclo de pensamentos negativos, que são um veneno para a saúde mental”, alerta Karla. “Quanto mais a pessoa permanece nessa situação, mais alguns hormônios começam a se desequilibrar, como o cortisol, o que pode causar depressão.”

7. Permita-se não ser tão produtivo
A pressão por fazer cursos diferentes, ler muitos livros ou se superar no trabalho durante a pandemia é uma atitude perigosa para a saúde mental, de acordo com Peres. Isso porque a realidade em que vivemos atualmente é diferente – portanto, a forma como a encaramos também precisa mudar.

Se o objetivo é ler mais, uma dica para melhorar a concentração é começar com histórias em quadrinhos ou livros de contos, por exemplo. “Não é preciso seguir o mesmo ritmo de antes. É preciso encontrar o ritmo ideal para o momento presente”, resume a psicóloga.

Fonte: Metrópoles

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