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Universidade de Oxford cada vez mais perto de descobrir vacina contra o coronavírus

Considerada uma das pesquisas mais avançadas na busca de uma vacina para o coronavírus, a substância produzida pela universidade de Oxford, no Reino Unido, entrou nesta semana na fase três de testes clínicos.

Se os resultados continuarem promissores, a previsão é que a primeira vacina contra o coronavírus esteja pronta para comercialização em setembro deste ano.

Desde ontem, cerca de 10 mil pessoas começaram a receber a vacina para averiguar a eficácia do produto.

À frente da testagem na Escola de Medicina Tropical de Liverpool está uma brasileira, a imunologista Daniela Ferreira, de 37 anos, especialista em infecções respiratórias e desenvolvimento de vacinas.

A aposta neste imunizante é tão grande que, mesmo ainda longe de aprovação, o produto já está sendo produzido em larga escala. “Passamos da fase um para a fase três em apenas dois meses”, diz a brasileira. O objetivo é ter já o maior número possível de doses prontas para distribuição assim que o produto for aprovado, evitando um possível novo atraso na proteção da população mundial.

“A ideia não é ter uma competição entre os países”, explicou Daniela, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”. “O que está acontecendo agora é um trabalho de envolvimento global, com todos os cientistas compartilhando conhecimento em tempo real. A vacina é para o mundo inteiro”, explicou a cientista.

A vacina de Oxford parte de estudos que já tinham sido feitos para a Síndrome Respiratória Aguda Grade (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), também causadas por coronavírus. Por isso, a segurança da substância já havia sido parcialmente testada, o que permitiu que o processo fosse um pouco mais acelerado.

A nova vacina funciona da seguinte forma: em um vírus atenuado da gripe comum de macacos é acrescentado um material genético semelhante ao de uma proteína específica do novo coronavírus, que é a maior responsável pela infecção. Assim, os especialistas esperam que a vacina induza à produção de anticorpos, tornando o organismo capaz de reconhecer o vírus no futuro, impedindo sua entrada.

Para que essa terceira fase, da testagem maciça, não leve muito tempo, Oxford conclamou 18 centros de pesquisa em todo o Reino Unido a testar o imunizante.

Os cientistas estão recrutando prioritariamente profissionais de saúde, que são as pessoas mais facilmente expostas ao novo coronavírus. Vale lembrar que, num teste como esse, ninguém será infectado propositalmente.

As pessoas deverão ser expostas naturalmente. Metade dos voluntários receberá o produto que é candidato à nova vacina. A outra metade receberá uma vacina feita a partir da mesma plataforma (adenovírus) da vacina contra a covid-19.

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