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Rodrigo Pacheco diz que novo Bolsa Família não pode depender da reforma do IR

Presidente do Senado disse aguardar um posicionamento ‘mais assertivo’ do governo federal para remediar ‘os problemas mais graves’ do Brasil.

O presidente do Senado Federal afirmou que a criação do novo Bolsa Família, o chamado Auxílio Brasil, não pode estar condicionada à aprovação da reforma do Imposto de Renda. A afirmação de Rodrigo Pacheco aconteceu nesta terça-feira, 5, durante evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para debater propostas de reforma tributária. “O que nós não podemos nessa discussão toda de modelo tributário é derivarmos para um caminho político que ‘dependemos disso para fazer aquilo’. Não me parece razoável discutirmos um novo modelo de Imposto de Renda a pretexto que essa condição se mostrou única para se ter um Bolsa Família no Brasil.”

No dia 27 de setembro, o Congresso Nacional aprovou um projeto de lei que alterou a Lei de Diretrizes Orçamentárias para estabelecer que s recursos obtidos pela reforma do Imposto de Renda possam ser usados para abastecer Auxílio Brasil. O projeto de lei da reforma do IR já foi aprovado na Câmara dos Deputados, mas ainda está sob análise do Senado Federal. O senador Angelo Coronel, relator da reforma do Imposto de Renda, disse que a matéria passará por mudanças e reforçou a posição de Pacheco, dizendo não trabalhar com pressa ou sob pressão. “A pressão, a chantagem emocional de dizer ‘se não aprovar, o Brasil não vai ter condições de propiciar aos mais podres o Renda Brasil’. Que isso? Você pode fazer um programa que não dependa do Imposto de Renda. Não dá para fazer uma reforma que mexe com todas as empresas do Brasil e com várias pessoas do Brasil com esse tipo de chantagem tributária”, afirmou.

Rodrigo Pacheco disse ainda que a Casa tem sido paciente ao esperar posições mais firmes do governo federal sobre a situação econômica atual. “O preço do gás está elevadíssimo, o preço dos alimentos está elevadíssimo. Nós precisamos atualizar o Bolsa Família, incluir outros segmentos e, sobretudo, precisamos gerar emprego no Brasil. Como fazer isso é o que estamos aguardando posicionamento do governo, que seja mais afirmativo, mais assertivo, um pacote que seja robusto em relação a essa evolução econômica do Brasil para remediar os problemas mais graves que nós temos.”

Fonte: JP Notícias

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