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Produção de lixo cresce acima da média na pandemia, aponta estudo inédito

Em média, cada brasileiro produz por dia 1,7 kg de resíduos sólidos, mas nem sempre eles são devidamente coletados pelo serviço de limpeza urbana.

A geração de resíduos sólidos urbanos cresceu 4% durante a pandemia da Covid-19. De acordo com dados inéditos do Panorama dos Resíduos Sólidos Brasil 2021, em média, cada brasileiro produz por dia 1,7 kg de resíduos. O diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELP), Carlos Silva Filho, explicou que houve uma transferência do lixo, que antes era pulverizado pelas cidades e durante a pandemia se acumulou em residências. “O que mostra, na verdade, que o brasileiro já tinha esse nível de geração de de resíduos superior a 1 kg por dia, mas que acabava não captado por esse serviço de limpeza urbana”, afirma. Ele também cobra que o novo marco do saneamento básico seja cumprido para resolver esse gargalo. “Os titulares dos serviços de limpeza urbana, então, no caso, os municípios devem ter a instituição de um instrumento de remuneração em que os usuários custeiem esse processo”, argumenta.

O levantamento mostra que apenas as regiões sudeste, com 98,2%, sul, com 95,7%, e centro-oeste, com 93,9%, alcançaram o índice de cobertura de coleta superior à média nacional. As regiões norte, com 81,4%, e nordeste, com 81,5%, deixam de coletar cerca de 20% dos resíduos produzidos. O Panorama aponta que foram geradas 82,5 milhões de toneladas ao ano no país, porém apenas 96,1 milhões foram coletadas. O que significa que 6,4 milhões de resíduos sequer foram retirados dos pontos de geração. Volume que poderia encher três mil piscinas olímpicas. O documento destaca que, pela primeira vez, a destinação final ambientalmente adequada de resíduos supera a casa dos 60%.

Fonte: JP Notícias

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