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Prefeitura vai solicitar plano de ação da Águas de Manaus para a vazante

Como parte dos trabalhos de monitoramento da subida e descida do rio Negro, situação que impacta diretamente no abastecimento de água e no esgotamento sanitário das áreas atingidas, a Prefeitura de Manaus, por meio da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman), está solicitando da empresa Água de Manaus a apresentação de um plano de ação a ser adotado pela concessionária com a chegada da vazante.

“Tanto a cheia do rio Negro, como o período da vazante impactam no saneamento básico. Esse pedido de informações é justamente para sabermos o que a empresa pretende fazer quando o nível do rio Negro baixar. Acompanhamos diversas ações da concessionária durante a cheia e já identificamos que, em algumas áreas, a empresa deverá também retornar e fazer algumas intervenções, e é justamente isso que queremos saber e acompanhar”, afirmou a diretora técnica de Concessões, Obras e Saneamento da Ageman, Suzy Tavares.

Desde o início da cheia, os engenheiros da Ageman vêm registrando com o uso de drone o avanço das águas e suas consequências em vários bairros e comunidades da capital amazonense.

Uma das situações que deverão ser verificadas pela empresa Águas de Manaus é a das redes de esgotamento sanitário do Centro que foram invadidas pelas águas, a identificação de alguma obstrução, entre outros problemas causados pela cheia. Suzy alertou para a questão da integridade das redes de abastecimento de água tratada, sobretudo nas áreas de palafitas, onde a empresa fez um trabalho de suspensão das redes, a fim de evitar a contaminação.

Os bairros São Jorge e Educandos foram algumas das áreas que receberam ações da empresa por concentrarem diversas moradias do tipo palafitas. Segundo a empresa, foi realizado um trabalho de melhoria para garantir que os moradores sigam recebendo água tratada com qualidade. Mais de 2.800 pessoas foram beneficiadas. A empresa substituiu 1.800 metros de tubulações de água tratada que estavam submersos por redes elevadas. Além de evitar o contato com a água do rio, as redes elevadas facilitam os trabalhos de manutenção.

Os serviços também envolveram a troca de cavaletes e novas ligações individuais para as palafitas.

Na área do Centro, mais precisamente na Manaus Moderna, a Ageman acompanhou a implantação provisória de 450 metros de rede de água tratada para atender, aproximadamente, 200 boxes e lanchonetes instalados sob a balsa que está abrigando a Feira Flutuante.

Outra providência da concessionária foi a análise de pH (nível de acidez) da água parada que, inicialmente, se acumulou nas proximidades da feira Manaus Moderna. A empresa fez, ainda, o fornecimento e a aplicação de cal para a Defesa Civil, bem como realizou um treinamento com servidores da Prefeitura de Manaus para a aplicação do produto. Bombas para recirculação da água foram instaladas no Centro e houve a execução de cinco instalações hidráulicas de esgoto sanitário para atender os banheiros instalados provisoriamente no local.

Conforme o Boletim de Monitoramento Hidrometeorológico da Amazônia Ocidental nº 25, emitido no último dia 25 de junho, o nível do rio Negro continua elevado em todas as estações monitoradas da calha principal do rio. Nas últimas semanas, as estações vêm apresentando tendência à estabilização. Em Manaus, o rio segue em processo de inundação severa, mantendo seu nível aproximadamente constante ao longo das últimas semanas. A cota máxima atingida este ano (30,02 metros) também representa a maior cheia de toda a série histórica da estação.

Texto – Tereza Teófilo/Ageman
Fotos – Marcely Gomes/Semcom

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