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Prefeitura de Manaus vai garantir vacinação de gestantes e puérperas contra a Covid-19 nas maternidades

As gestantes e puérperas (mulheres com até 45 dias de pós-parto) que ainda não tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e as que já estão no prazo para concluir o esquema vacinal poderão receber o imunobiológico nas maternidades das redes públicas municipal e estadual. A medida da Prefeitura de Manaus, definida em nota com a Fundação de Vigilância em Saúde Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), é uma das estratégias para facilitar ainda mais o acesso desse grupo à proteção contra o novo coronavírus.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que operacionaliza a vacinação em Manaus, está realizando treinamento com os profissionais das salas de vacina das maternidades, e a vacinação nesses locais terá início até o final desta semana. “É mais um esforço que a gestão do prefeito David Almeida empreende para assegurar a imunização contra a Covid-19 das pessoas mais suscetíveis aos danos que o coronavírus pode causar. Nós decidimos, estrategicamente, descentralizar o atendimento para esse grupo prioritário, disponibilizando doses nas maternidades para serem aplicadas a qualquer momento a partir do início da gestação ou do puerpério”, informou a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe.

As gestantes e as puérperas apresentam maior risco para desenvolver formas graves da doença, assim como complicações obstétricas, como parto prematuro, óbito fetal, entre outros, e maior potencial de morbimortalidade, proporcionalmente à vulnerabilidade econômica e social.

A chefe da Divisão de Imunização da Semsa, enfermeira Isabel Hernandes, explicou que, durante o treinamento, os profissionais de saúde estão sendo orientados sobre como abordar as gestantes e puérperas e trabalhar na conscientização dessas mulheres quanto à necessidade de aderir à vacinação. “Sabemos que essas vacinas, especificamente, por serem novas, podem causar um pouco de receio em muita gente. Nessa capacitação, estamos enfatizando a necessidade de identificar, durante a abordagem, as razões pelas quais alguma gestante ou puérpera não queira tomar a vacina para que possamos intervir de forma positiva nesses casos”, destacou.

Outras estratégias

A Semsa também adotará outras medidas de intensificação da vacinação entre gestantes e puérperas nas unidades de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS). Entre elas está a realização de busca-ativa no território da Estratégia Saúde da Família (ESF) durante as visitas domiciliares dos agentes comunitários de saúde para avaliar o esquema vacinal contra a Covid-19 e orientar sobre a importância da vacina.

Além disso, os profissionais da rede municipal farão a oferta da vacina às mulheres grávidas ou após o parto, quando elas procurarem uma unidade de saúde por qualquer motivo, por exemplo, para consulta médica, para vacinar os filhos ou para agendar procedimentos.

Também serão realizadas ações de incentivo à vacinação em datas comemorativas do calendário da saúde, mediante a avaliação do esquema vacinal, com a oferta da vacina. Além disso, os profissionais de saúde de nível superior estão sendo orientados a, durante as consultas de pré-natal, esclarecer a gestante ou a puérpera sobre a necessidade de priorizar a vacinação contra a Covid-19, respeitando o intervalo de 14 dias entre a esta vacina e os demais imunobiológicos.

Números

Dados do Vacinômetro municipal indicam que apenas 29% da população estimada de gestantes, que é de 28.454, foi vacinada até o momento. No grupo de puérperas, o percentual de mulheres vacinadas é de 41% das 4.676 nessa condição.

A secretária Shádia Fraxe ressalta que os percentuais, bem abaixo da meta de 90% adotada pela Prefeitura de Manaus, podem ser superiores, considerando que as gestantes e puérperas também foram vacinadas em outros grupos prioritários, como o de trabalhadores da saúde e da educação, o de comorbidades e outros, além da possibilidade de terem se vacinado pelo critério de faixa etária. “De qualquer forma, precisamos fazer esse esforço para ampliar a cobertura vacinal entre as mulheres que se encontram nessa condição e que têm maior risco de desenvolver formas graves de Covid se não imunizadas”.

Texto- Sandra Monteiro e Andréa Arruda / Semsa
Fotos – João Viana / Arquivo Semcom

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