Luto na Região do Alto Solimões. O médico Rogélio Campuzano, 45 anos, morreu vítima de covid-19, na manhã desta quinta-feira (11), em Manaus. Doutor Rogélio, estava internado há um mês no hospital Delpfina Aziz, lutando contra o coronavírus.
Campuzano era o candidato favorito para desbancar o atual prefeito Saul Nunes Bemerguy, na disputa pela Prefeitura de Tabatinga, em 2020.
Médico havia sobrevivido a um atentado
No dia 12 de janeiro deste ano, Rogélio estava na clínica, atendendo, quando levou dois tiros na cabeça e um no braço. Chegou a ser atendido e levado, em estado muito grave, ao hospital local. A polícia local não soube dar maiores detalhes do ocorrido. Até agora não há informação quanto aos responsáveis pelos tiros. Ele conseguiu se recuperar.
Em 2018, doutor Rogélio, disputou a eleição para deputado estadual, obtendo 17.157 votos
Ele só não se elegeu por causa do quociente eleitoral, mas teve mais votos, na computação geral, que quatro deputados eleitos: Therezinha Ruiz (17.111); Felipe Souza (16.541); Carlinhos Bessa (16.175) e Álvaro Campelo (15.992 votos). E ainda ficou a frente do vice-prefeito de Parintins, Tony Medeiros, que também era um dos cotados (16.403).
Campuzano era tido como favorito à Prefeitura de Tabatinga, na eleição de 2020
Em setembro, do ano passado, doutor Rogélio Campuzano – médico colombiano, naturalizado brasileiro – fez uma visita ao governador Wilson Lima, confirmando que era pré-candidato a prefeito de Tabatinga, em 2020. E postou uma foto da audiência na rede social.
Condenado, preso e regenerado
Condenado, preso e regenerado Campuzano, já formado, foi condenado e preso por tráfico de drogas, tendo cumprido pena de quatro anos de reclusão, em Bogotá, Colômbia. Colombiano, ele tinha cidadania brasileira porque a mãe é do Brasil. Regenerado, cirurgião geral, o médico fazia trabalho de Município em Município, de Atalaia do Norte a Amaturá, junto à população carente. Se tornou o mais conhecido em toda a região do Alto Solimões. A polícia não tinha informação sobre ligação dele com o tráfico, após o cumprimento da pena. O médico falava abertamente do ocorrido, dava conselhos e fazia questão de pedir às pessoas que consultassem a ficha dele no site do Judiciário colombiano. “Errei e paguei. Não vi meus filhos crescerem, nem o sofrimento dos meus pais doentes. Era comum trabalhar para o tráfico naquela época”, diz Rogélio.
O presidente estadual do PSC, Miltinho Castro, lamentou a morte do médico
Fonte: Marcos Santos; Portal da Amazônia