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Ministério da Saúde monta força-tarefa para igualar distribuição do ‘kit intubação’

Segundo secretário da pasta, a ‘Missão Respirar’ busca equalizar a entrega dos medicamentos para a rede pública e privada; associação alerta que insumos podem acabar em seis dias.

A expansão de leitos para dar conta do aumento de internados pela Covid-19 no país trouxe a tona uma realidade preocupante: a demanda por medicamentos usados nas UTIs também cresceu e não há estoques para longo prazo. A falta dos insumos já é registrada em alguns estados. No início desta semana a Policia Federal de Roraima prendeu em flagrante um balconista de farmácia que tentou vender besilato de atracúrio – usado pra relaxar os músculos em internações de terapia intensiva e de uso restrito hospitalar, por R$ 3500 para uma família.

Em audiência publica realizada nesta terça-feira, 30, pela Comissão de enfrentamento da Covid-19 na Câmara dos Deputados, entidades ligadas a hospitais relataram preocupação com os estoques do chamado “kit intubação”. Segundo a Associação Nacional dos Hospitais Privados, há medicamentos para mais cinco ou seis dias. A mesma situação relatada pela Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, cujos estoques, segundo o vice-presidente, são suficientes para os próximos quatro dias. Cobrado, o secretario de atenção especializada da saúde do Ministério da Saúde, coronel Luiz Franco Duarte, disse que o governo montou uma força tarefa chamada ‘Missão respirar’ que tem entre as ações adotadas um esforço para equilibrar entregas para a rede pública e privada, que segundo ele estariam desiguais. “Muitas indústrias estão disponibilizando entregas e contratos para o Ministério da Saúde de caráter voluntário para que a gente possa equalizar essa distribuição”, disse.

Também participaram da audiência representantes de indústrias brasileiras. Todos relataram estar operando no máximo da capacidade de produção. Sobre a questão da importação de medicamentos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vem flexibilizando normas, mas hospitais ainda encontram dificuldades. Por isso novas medidas devem ser divulgadas. “Anvisa está produzindo um encaminhamento que resolva essa questão. Não gostaria de antecipar qual a melhor solução que a gente, se promovendo uma resolução de diretoria colegiada ou se flexibilizando algum procedimento interno que viabilize a importação”, disse. A alta demanda no Estado de São Paulo foi colocada na audiência como principal propulsor do desequilíbrio no resto do país. Segundo nota da secretaria estadual de saúde de São Paulo, o Estado recebeu do governo federal, neste final de semana, 65.770 ampolas de neurobloqueadores e anestésicos, o que corresponde a apenas 1,9% da demanda mensal a rede pública.

Fonte: JP Noticias

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