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Mãe leva filha a 7 médicos para descobrir que coronavírus gerou síndrome rara

Doctor’s hands in protection gloves putting COVID-19 test swab into kid’s mouth in hospital.

Alice da Silva Ribeiro, de 5 anos, não teve sintomas do coronavírus e só descobriu que contraiu a doença depois de um mês de investigação, quando foi diagnosticada com Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica.

A mãe da menina, Eva Vilma Santos da Silva Ribeiro, relatou que preciso consultar sete médicos até que fosse feito o diagnóstico da filha.

A família, que vive na Praia Grande, litoral de São Paulo, pegou a covid-19 em novembro. A avó estava com o vírus e, sem saber da doença, visitou a família. Alguns dias depois, a família descobriu que Eva, o marido e a mãe foram infectados pelo coronavírus.

Um mês depois da confirmação da infecção, Alice teve quadro de febre alta. Em um pronto-socorro de Praia Grande, não foi constatada infecção pulmonar e, por isso, a menina foi liberada. Nos dias seguintes, Alice não melhorou.

“Foram três dias de febre, até que ela começou a ter dor na barriga”, relatou Eva ao G1. No terceiro dia, a mãe levou a menina a uma unidade de saúde. Além da febre e da dor na barriga, Alice também parecia estar com conjuntivite. “O médico pediu alguns exames e me falou que tinha dado infecção no sangue. Ela gritava de dor”, descreveu.

O médico, na ocasião, prescreveu um antibiótico, que não ajudou. Ainda com dores, os pais a levaram a um hospital particular. Lá, o médico desconfiou que se tratasse da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica. Os pais não podiam pagar a internação no hospital particular e, por isso, o profissional da saúde fez uma carta de indicação para que ela fosse levada a um hospital público.

“Ninguém acreditou. Fomos a um hospital daqui da cidade, e ela ficou na enfermaria até terça-feira de manhã, quando a mandaram para a área de pediatria. Falaram que era dengue ou virose. Cortaram o antibiótico dela. Briguei, falando que precisava ser investigado. Ela tomou vários tipos de remédios”, contou Eva.

Alice chegou a ser atendida por sete médicos ao longo dos dias, até que uma pediatra, que conhecia o médico que suspeitou da síndrome rara, levou em conta a possibilidade e pediu diversos exames. Depois de 10 dias de internação, no dia 23, a doença foi constatada.

No dia seguinte, a menina se sentia bem e recebeu alta. Ao G1, Eva confirmou que a menina está curada.

A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica pode ser desenvolvida por pessoas de 0 a 19 anos que foram infectadas pelo novo coronavírus, mesmo pelas que já se curaram da covid-19. Entre os sintomas estão dor abdominal, febre e conjuntivite. O primeiro critério para descobrir se há a síndrome é ter contraído o vírus.

“Ela ficou cinco dias sem comer nada. Foi terrível, traumatizante. Além de tudo, ela sentia dores no peito e teve uma leve anemia. Tem crianças que estão morrendo por causa disso. Eu acho que, se tivesse demorado mais, tínhamos perdido ela. Se esperasse mais dois dias, estaria sem a minha filha. Agora, estamos comemorando em dobro. Esse ano que vai vir é a vitória dela”, disse a mãe.

Ao G1, a Secretária de Saúde do Estado de São Paulo afirmou que até a última terça-feira, 29, 105 pessoas tiveram a síndrome rara e sete pessoas morreram após desenvolverem a doença.

Fonte: Yahoo Noticias

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