O aumento do número de casos de coronavírus no Amazonas levou o deputado estadual Fausto Jr. (MDB) a apresentar ao governo do Estado a proposta de ampliar a aquisição de máscaras de proteção confeccionadas por costureiras do Amazonas.
De acordo com o deputado, que já está discutindo com o governo a compra dos equipamentos de proteção, o objetivo é incentivar as cooperativas e grupos de costureiras na capital e interior do Estado.
Outra ideia apresentada ao governo foi a retomada do projeto Costurando Esperança, Protegendo Vidas, que reúne costureiras em vários municípios para confecção de máscaras de proteção.
O projeto foi paralisado pelo governo do Estado, mas deve ser retomado nas próximas semanas, defende Fausto Jr. A ideia é distribuir máscaras gratuitamente para a população e contribuir para o controle da pandemia no Amazonas.
Fausto disse que conversou com representantes do setor de corte e costura, que disseram que estão à disposição do governo para confeccionar os materiais de proteção.
A intenção é incentivar a produção nos municípios, gerando renda às costureiras, e principalmente facilitar o uso de máscaras entre a população.
O deputado ressaltou que a maioria das máscaras (reutilizáveis ou descartáveis) usadas no Amazonas é produzida em outros Estados e países. “As máscaras que estamos usando são fabricadas fora do Estado. Temos que reverter esse número e ajudar nossas costureiras neste momento de crise”, afirmou Fausto.
Com a compra da produção local, o governo injetará recursos na economia dos municípios, que enfrentam os efeitos da crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus.
“Todos saem ganhando com a compra da produção local. Já estamos discutindo os meios para que a proposta seja colocada em prática o mais rápido possível”, destacou Fausto Jr.
Em São Paulo, uma parceria entre o governo e a prefeitura da capital permitiu que cooperativas de costureiras fabricassem mais de dois milhões de máscaras que foram distribuídas gratuitamente à população.
Para cada peça confeccionada o governo pagou R$ 2. Foram mobilizadas 700 costureiras, que após o sucesso da fabricação das máscaras, também produziram aventais hospitalares e protetores faciais.