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Fiscalização constata 89% de taxa de ocupação em leitos de UTI para Covid-19 no Hospital Delphina Aziz, em Manaus

No final de outubro, Delphina Aziz havia registrado quase 100% dos leitos de UTI ocupados.

Uma fiscalização do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), na quinta-feira (10), apontou que o Hospital Delphina Aziz, referência para pacientes com o novo coronavírus no Amazonas, tem taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) de 89%.

No final de outubro, o Delphina Aziz, havia registrado quase 100% dos leitos de UTI ocupados. O número se aproximava do pico de internações que o hospital chegou a registrar durante a pior fase da pandemia no estado, entre os meses de abril e maio. A doença já infectou mais de 180 mil pessoas e matou quase 5 mil no estado.

De acordo com os dados divulgados pelo Simeam, dos 382 leitos gerais, apenas 120 são de UTI para atender uma demanda que voltou a ser crescente sinalizando uma possível segunda onda da Covid-19 no estado.

O presidente do Simeam, Mario Vianna, disse que cerca de 36% são de pacientes do interior.

Durante a inspeção, segundo o sindicato, foi identificado que exames solicitados em 2017 estão sendo realizados somente agora. Ainda de acordo com ele, pacientes estão na fila para realizar ressonância há três anos.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-ASM) informou que taxa de Ocupação de Rede Estadual de Saúde está dentro do previsto no Plano de Contingência do Governo do Estado para o enfrentamento à Covid-19 e dentro dos cálculos da calculadora epidêmica que prevê o aumento de leitos conforme aumenta a ocupação das UTIs na rede de saúde.

“A secretaria já colocou em operação a fase 2 do Plano de Contingência que prevê o aumento de mais 30 leitos de UTI no Hospital Delphina Aziz a partir do próximo dia 16 de dezembro”, diz.

Covid-19 no AM

O pico da Covid-19 no Amazonas aconteceu nos meses de abril e maio, quando Manaus chegou a registrar colapsos no sistema de saúde e no sistema funerário.

Em junho, o governo chegou a autorizar a retomada gradual de atividades, em ciclos. No início de setembro, três meses após a retomada, o estado identificou uma desaceleração na queda de casos de Covid-19 no estado e chegou a citar as aglomerações como principal fonte do problema.

Na ocasião, a diretora-presidente da Fundação de Vigilância e Saúde (FVS-AM), Rosemary Pinto, afirmou que restaurantes, bares e flutuantes, onde as pessoas tiram as máscaras para comer, beber e conversar, eram os novos focos da doença, que agora atinge um número maior de pessoas de 20 a 49 anos.

Uma semana depois o prefeito de Manaus, Arthur Neto, voltou a fechar a praia da Ponta Negra por conta do aumento de casos e ampliou o número de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) na capital destinadas ao atendimento de pacientes com a Covid. Na semana seguinte, foi a vez do governador Wilson Lima tomar medidas mais duras para conter o avanço da doença.

Para o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Jesem Orelana, Manaus vive uma segunda onda de casos da Covid-19. O epidemiologista e autor de um estudo sobre a doença no estado propôs a adoção de lockdown para conter a circulação do vírus.

Em setembro, o Governo do Estado retomou as aulas presenciais para cerca de 111 mil estudantes do ensino fundamental da rede estadual de ensino em Manaus. Mais de 20 cidades do interior também retomaram. Estudantes do ensino médio já voltaram às escolas desde o dia 10 de agosto, também no ensino híbrido. As aulas na rede privada da capital já acontecem de forma presencial desde o dia 6 de julho.

Desde 1º de dezembro também está autorizado o funcionamento de bares e casas de shows.

Fonte: G 1 Am

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