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Fibromialgia: doença que provoca dor crônica afeta 5% da população

As mulheres são as mais acometidas pela condição que pode desencadear estresse, depressão e alterações no sono.

Nesta quarta-feira (12/5), é comemorado o Dia Nacional de Conscientização à Fibromialgia. A doença reumática que causa dor crônica por todo o corpo afeta aproximadamente 5% da população. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A causa da fibromialgia ainda não é bem definida. Uma das hipótese é de que os pacientes apresentem uma alteração da percepção da sensação de dor. Alguns desenvolvem a doença após um gatilho, como uma dor localizada mal tratada, um trauma físico ou uma doença grave. O problema também está relacionado ao estresse crônico.

Segundo o médico José Eduardo Martinez, da Comissão de Fibromialgia da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), estudos indicam que as mulheres têm provavelmente uma pré-disposição genética à percepção maior de dor. Por este motivo, elas seriam as mais afetadas, representando de 70 a 90% dos pacientes.

A condição atinge principalmente as pessoas com idade entre 30 e 55 anos, mas também pode se desencadear em crianças, jovens adultos e idosos.

Sintomas

A fibromialgia é caracterizada por uma dor generalizada em todo o corpo, que persiste por mais de três meses. “O paciente sente dores acima e abaixo da cintura, à direita e à esquerda do corpo e na coluna. Pessoas que têm dores frequentes, que aparecem em momentos de estresse e não têm uma lesão evidente devem ficar alertas”, afirma o reumatologista.

Fadiga, sono não reparador – em que mesmo após horas dormindo a pessoa acorda cansada, alterações da concentração e do humor, ansiedade e depressão também devem acionar o alerta para o diagnóstico. Nos casos mais extremos, o paciente relata episódios de esquecimento.

“A gente acredita que esses sintomas tem a ver com reações biológicas relacionadas ao estresse, que é quando o organismo tem uma série de modificações para responder ao que ele considera ameaças”, diz o médico.

Segundo Martinez, não existe uma relação bem estabelecida entre causa e efeito. Existem relatos de pessoas com depressão e ansiedade que passaram à fibromialgia e as que desenvolveram estes distúrbios devido a dor crônica. “A piora da dor frente a um quadro que aumenta a depressão e a ansiedade é muito constatada”, explica.

Tratamento

A fibromialgia não tem cura. O tratamento busca o alívio da dor e o combate ao estresse com medidas não farmacológicas. Os exercícios físicos, principalmente os aeróbicos, são muito importantes e devem se tornar um hábito.

Intervenções psicológicas, como a psicoterapia, meditação ou terapia cognitiva-comportamental também podem ser indicadas a pacientes que apresentam depressão e ansiedade mais severas. “Poucas doenças crônicas são curáveis. Estamos falando de uma situação de controle. Tem pacientes que respondem melhor que os outros a esses tratamentos”, afirma o médico.

Fonte: Metrópoles

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