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Dia Mundial Contra as Hepatites Virais alerta para a importância do diagnóstico

Inflamações que podem comprometer seriamente o desempenho do fígado, as hepatites virais são motivo de preocupação entre os especialistas no tema. No Brasil, as mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C; e com menor frequência, pelos vírus D (mais comum na região Norte) e E, bem menos presente no país.
Geralmente silenciosas, as formas virais da doença quase não apresentam sintomas, ou apresentam sinais que se confundem com outras enfermidades, o que pode retardar o diagnóstico e o início do tratamento.

“Febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos e dor abdominal são alguns dos sintomas mais frequentes, mas o paciente também pode apresentar pele e olhos amarelados, assim como urina mais escura e fezes claras”, orienta o infectologista e consultor médico do Grupo Sabin, Marcelo Cordeiro.
Para conscientizar a população sobre o tema, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho.

“Existem vários exames para a detecção do problema, inclusive aqueles específicos para cada um dos tipos de vírus. Há os testes rápidos, utilizados para triagem inicial, e os exames adicionais, que confirmam o diagnóstico com mais segurança”, explica o especialista.

Prevenção e transmissão

Cordeiro afirma que “manter a higiene dos alimentos e bebidas, lavar sempre as mãos, evitar sexo desprotegido e compartilhamento de objetos perfurocortantes ajudam a prevenir o contágio”, mas, sem dúvida, “a vacina é uma das formas mais eficazes de prevenção à doença”.

O imunizante contra a hepatite A, por exemplo, é recomendado aos 12 meses de idade, com a segunda dose aos 18 meses. Praticamente isento de reações, tem alta taxa de proteção. Também é possível realizar a vacinação em pessoas de outras faixas etárias, mas apenas sob recomendação médica.

Já a vacina contra a hepatite B está disponível para crianças, adolescentes, adultos e idosos. A eficácia é superior a 95%. Para as hepatites C, D e E ainda não existem vacinas. No entanto, para a infecção causada pelo vírus C existe tratamento com remédios específicos e taxas de cura de mais de 95%.

As hepatites dos tipos A e E são transmitidas por via oral-fecal, de uma pessoa doente para outra saudável, e por meio de alimentos ou água contaminados.
Já as hepatites B, C, e D podem ser transmitidas de diferentes formas. Entre elas, o sexo desprotegido (sem preservativo); o compartilhamento de objetos pessoais e perfurocortantes (agulhas, lâminas de barbear, seringas, alicates de unha etc.), durante a gravidez (da mãe para o feto) e procedimentos invasivos, como colocação de piercings, tatuagens, brincos, transfusão de sangue, além de cirurgias e tratamentos odontológicos que não sigam as normas de biossegurança.

Hepatites nas Américas e no Amazonas

De acordo com a OMS, na região das Américas, estima-se que apenas 18% das pessoas que vivem com hepatite B, por exemplo, foram diagnosticadas. No caso da hepatite C, supõe-se que somente 22% sabem que têm a doença.
No Brasil, a doença atingiu mais de 680 mil pessoas nos últimos 21 anos, conforme dados do Boletim Epidemiológico de 2021 do Ministério da Saúde. Já no Amazonas, segundo informações da Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), só no ano passado, foram registrados 1.148 casos, sendo 40 de hepatite A; 724 de hepatite B; 336 de hepatite C; e 48 de hepatite D. Não foram registradas ocorrências de hepatite E na região.

Foto: Freepik

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