O colapso na saúde do Amazonas não atinge somente os pacientes internados com a Covid-19. O governo amazonense avisou aos outros estados que precisa transferir ao menos 60 bebês prematuros que correm o risco de ficar sem oxigênio.
De acordo com a CNN Brasil, Carlos Lula, presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), confirmou o pedido feito nesta sexta-feira (15) para que governadores chequem a disponibilidade de leitos de internação neonatal disponíveis.
O presidente do Conass confirmou que o Maranhão já se colocou à disposição para receber de cinco a dez bebês. Outros estados seguem verificando suas disponibilidades.
Na tarde desta sexta, João Doria (PSDB), governador de São Paulo, anunciou que o estado pode receber os bebês que necessitarem deixar a capital amazonense. Ainda não há informações de como será a logística para esse transporte.
Nova cepa pode se espalhar com transferência de pacientes de Manaus
Autoridades temem que com a transferência de pacientes de Manaus para outros estados a nova cepa do coronavírus se espalhe com velocidade para outras regiões. O governador do estado, Wilson Lima (PSC-AM), considera que não há outra alternativa, caso contrário, os doentes vão morrer sufocados nos hospitais da cidade.
A nova variante do coronavírus foi identificada por autoridades de saúde japonesas em quatro viajantes que estiveram no Amazonas no início do mês. Segundo análises feitas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a mutação que criou uma linhagem brasileira do Sars-Cov-2 é mais contagiosa.
A Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou, na manhã desta sexta-feira (15), os primeiros embarques de pacientes com covid-19 que precisaram ser retirados de Manaus devido ao cenário de colapso vivido pela capital amazonense. Estima-se que a fila de pacientes no estado esperando por um leito chegue a 500 pessoas.
Goiás, Espírito Santo, Piauí, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e Distrito Federal informaram que receberão pacientes vindo do Amazonas.
Fonte: Yahoo Noticias